Atividade Física

Se você quer se movimentar mais, mas não sabe por onde começar — ou já tentou antes e se frustrou com metas rígidas e expectativas inalcançáveis — saiba que isso é mais comum do que parece. Em um mundo que transforma tudo em desempenho, inclusive o cuidado com o corpo, é fácil se sentir inadequado ou desmotivado.

Com tantos treinos prontos, influenciadores do fitness e promessas de resultados rápidos, a atividade física acaba sendo tratada mais como obrigação do que como forma de reconexão com o corpo.

Por isso, reuni aqui informações confiáveis, baseadas no Guia de Atividade Física para a População Brasileira e nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconhecem as diferenças entre os corpos, as rotinas e os contextos de vida. A OMS reforça que qualquer movimento é melhor do que nenhum e que benefícios reais já são percebidos com pequenas mudanças, desde que feitas com regularidade e respeito aos limites individuais.

Este material não substitui o acompanhamento com um profissional de saúde, mas pode ser um ponto de partida seguro para quem deseja se movimentar com mais consciência — sem culpa, sem fórmulas milagrosas, e com mais escuta do que imposição.

Se a ideia de “fazer exercício” te assusta, comece devagar. O primeiro passo é se mover mais na rotina: subir escadas, varrer a casa, estacionar um pouco mais longe, levantar-se para beber água. A cada hora sentado, levante-se por pelo menos 5 minutos. Isso ajuda a circulação, melhora o humor e já ativa o corpo — como sugerem as Diretrizes da OMS.
👉 Todo movimento conta. E quanto mais, melhor

Dançar? Caminhar no bairro? Cuidar das plantas? Mexer o corpo não precisa ser um fardo — pode ser prazer. Escolha atividades que se conectem com sua história, com seus gostos e com o que é possível na sua realidade. Isso torna o movimento mais sustentável e prazeroso, como destaca o Guia de Atividade Física para a População Brasileira

Perceba quais partes do corpo estão pedindo mais cuidado. Quais movimentos estão mais difíceis? Quais são mais fáceis? O Guia sugere começar com movimentos leves e ir aumentando aos poucos a intensidade e o tempo. Você não precisa fazer tudo de uma vez. O corpo fala e quanto mais você escuta, mais ele coopera.

A partir do momento em que o corpo estiver mais solto, experimente incluir atividades de fortalecimento muscular — pelo menos 2 vezes por semana. Pode ser musculação, pilates, ou até exercícios em casa com o peso do corpo ou garrafas com água. Isso ajuda na prevenção de quedas, no controle da glicose e na saúde dos ossos, especialmente a partir dos 50 anos

Use o movimento como uma forma de se cuidar — não de se cobrar. Pode ser andar de bicicleta, dançar, jogar bola com os netos, fazer alongamentos com música… vale o que faz sentido pra você. A atividade física precisa caber na vida real — com prazer, propósito e possibilidade.

Você não precisa seguir metas rígidas ou comparações. Ter dias mais ativos e outros mais lentos é natural. O importante é manter a intenção viva. Segundo a OMS, adultos devem buscar entre 150 a 300 minutos de atividade moderada por semana — mas mesmo quem faz menos que isso já colhe benefícios

Depois de um tempo se movimentando com mais presença, algo começa a mudar: o corpo responde, a disposição aumenta, o humor melhora, e até o sono parece mais tranquilo. Você começa a perceber que mexer o corpo não é só sobre saúde física — é também sobre autonomia, alegria, liberdade.

Quando essa reconexão acontece, se abre um mundo de possibilidades. Você pode começar a se sentir mais confiante para experimentar coisas novas: uma aula de dança de salão, tai chi na praça, caminhadas em grupo, hidroginástica no bairro ou até aulas de yoga online.

Dançar com os amigos, brincar com os netos, cuidar do jardim, caminhar ouvindo música — tudo isso é movimento. E quanto mais você se permite experimentar, mais seu corpo agradece.

Mexer o corpo é um jeito de cuidar de si, mas também de se encontrar com os outros, com o mundo — e consigo.
Você não precisa fazer isso sozinha(o). E não precisa fazer tudo de uma vez. O caminho se constrói aos poucos, com passos gentis e escolhas que façam sentido pra você.

Mexer o corpo vai muito além da academia ou da musculação

Nos ensinaram que se exercitar é suar a camisa na academia, seguir planilhas de treino e buscar um corpo ideal. Mas o movimento humano é muito mais do que isso. Ele faz parte da nossa expressão, da nossa saúde emocional, da nossa cultura e da nossa forma de estar no mundo.

O jeito que nos movemos carrega também marcas sociais, de gênero, de classe, de território. Nem todo mundo tem acesso a espaços seguros, tempo livre ou incentivo para se exercitar como recomendam os manuais. E o que é considerado “exercício de verdade” ainda carrega muitos estigmas e exclusões.

Explorar o movimento com um olhar mais amplo — que acolha dança, caminhada, brincadeiras, cuidado com o lar, alongamentos intuitivos, capoeira, ritmos populares — é também romper com essa ideia restrita e padronizada do que é se exercitar.

Se você deseja se reconectar com seu corpo de forma mais livre e crítica, vale mergulhar em conteúdos que ampliam essa visão: textos, vivências e práticas que enxergam o corpo como território de cuidado, expressão e autonomia — não como um projeto de correção ou desempenho.

Em breve, compartilharei sugestões de leituras, vídeos e podcasts que ajudam a perceber o movimento como parte da vida  e não como mais uma obrigação.

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Simplificar a promoção de saúde é o meu propósito.
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Melissa Galvão - Doctoralia.com.br